domingo, 6 de maio de 2012

FILOSOFIA MODERNA - RACIONALISMO, EMPIRISMO, CRITICISMO


O racionalismo pode ser definido como uma corrente filosófica que teve início com a definição do raciocínio que é a operação mental, discursiva e lógica. Este usa uma ou mais proposições para extrair conclusões se uma ou outra proposição é verdadeira, falsa ou provável. Privilegia a razão em detrimento da experiência do mundo sensível como via de acesso ao conhecimento.

De acordo com René Descartes só podemos conhecer a realidade pelo uso da razão, pois a verdade é representada na consciência do homem e não no mundo. “Eu penso, logo existo”, significa que o pensamento é a condição para existência.

O Empirismo é uma doutrina que reconhece a experiência como a única fonte válida de conhecimento.

Um dos grandes precursores do empirismo foi Francis Bacon. Dizia ele que todo conhecimento tinha que ser baseado em dados da experiência. As informações, no entanto, deveriam ser reunidas e utilizadas de acordo com um método, de modo a possibilitar fazer inferências cientificamente aproveitáveis.

Segundo Hume as impressões, obtidas pela experiência, pela sensação, percepção e pelo hábito, são direcionadas à memória através de um processo de associação de idéias.

A mais famosa tese do empirismo, desenvolvida por John Locke, é a da tabula rasa. Com este conceito o filósofo queria dizer que ao nascermos não temos nenhum princípio ou idéia inata e tudo que aprendemos e processamos em nossa mente provêm das experiências feitas durante a vida.

O termo criticismo é o que o nome sugere: crítica. O criticismo tem como base negar a verdade de todo o conhecimento que não foi previamente submetido a críticas e em alguns casos se aproxima do ceticismo, ou seja, duvidar de tudo que não foi posto em análise. A filosofia kantiana sugere a investigação de categorias ou formas a priori do entendimento.

Kant tentou provar que tanto os inatistas quanto os empiristas estavam errados. Ou seja, os conteúdos do conhecimento não eram inatos nem eram adquiridos pela experiência. Kant postula que a razão é inata, mas é uma estrutura vazia e sem conteúdo, que não depende da experiência para existir. A razão fornece a forma do conhecimento e a matéria é fornecida pelo conhecimento. Desta maneira, a estrutura da razão é inata e universal, enquanto os conteúdos são empíricos, obtidos pela experiência. Baseado nestes pressupostos, Kant afirma que o conhecimento é racional e verdadeiro.

Referência:
http://www.consciencia.org/empirismo-e-racionalismo
http://www.mundoeducacao.com.br/Filosofia

JARDIM, Alex Fabiano Correa & BORGES, Ângela Christina & FREITAS, Gildete dos Santos et al. Filosofia da Educação.

4 comentários:

  1. Oi Maria Cristina,
    No fim do séc XVIII., acentua a critica ao uso da razão em prol do domínio e da repressão. Marx e Freud mostraram que a razão pode ser deturpadora em vez de iluminadora. Só a atividade critica da razão que discorre que almeja à compreensão mútua pode combater a visão instrumental da racionalidade.
    A construção do conhecimento baseado ao uso critica da razão, vinculado a princípios éticos e a origens sociais é trabalho que precisa ser retomado a cada momento, sem ter fim.

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  2. Olá...
    É interessante pensar que o criticismo caracteriza-se pela posição de considerar a análise crítica da possibilidade, do valor, da origem e dos limites do conhecimento racional seriam o ponto de partida do conhecimento filosófico.
    Ele pode ser considerado uma crítica ao Racionalismo e ao Empirismo.

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